Gremlins: fofos, divertidos, inteligentes e perigosos
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Gizmo por Sercho. |
Os Gremlins possuem uma legião de fans que hoje têm entre 25 e 30 anos, mas basta ouvirem o tema do filme, logo se recordam da deliciosa e escrachada fantasia híbrida de terror e comédia criada por Columbus e Spielberg. Muitas gente teve pesadelos com os gremlins, eu sei porque fiz uma pesquisinha com amigos de infância. Lembro que minha mãe não deixou que eu visse o filme até ela mesma ver e odiar! Reclamou do absurdo de passarem algo tão horrível e nojento no cinema sem esclarecerem aos pais a temática real. Resultado, eu só pude ver o filme depois quando chegou ao vhs, mas a minha infância ainda não havia sido perdida e pude me divertir muito com as diabruras dos gremlins. Até hoje minha mãe tem impressão vívida de nojo e terror que o filme lhe casou, ainda mais por tratar o assunto de forma cômica. Mas muita gente tem fascínio por eles, entretanto não sabe porque. Eles são tão populares, mas sabem sobre sua origem!
O título da resenha de hoje é feito da chamada do filme para os cinemas em 1984. Quem não lembra dos Gremlins? Tenha gostado o detestado o filme, ninguém esquece de Gizmo o doce mogwai e os terríveis Gremlins! O filme foi um dos sucessos de Spielberg (como produtor) e Chris Columbus (como roteirista) na década de 80 e repetiu seu êxito em 90 com um filme que parodiava a própria história e outros filmes de sucesso. Pois é isso mesmo! Se estou escrevendo sobre eles é porque existe um livro!!! Já adianto que é um movie tie-in, por isso é difícil de conseguir, e como todo book tie-in é desprestigiado porque nasceu de um filme e não o contrário. Não entendo porque um bom filme pode surgir de um livro ótimo, mas um livro ótimo não pode surgir de um filme bom.
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Stripe em sua forma de gremlin. |
Nesse caso, como no de Poltergeist: O Fenônemo, o livro repete o êxito de ser melhor do que o filme, e mais uma vez parece que o filme foi feito à partir do livro e não o contrário. Mas já falei muito sobre o que penso de movie tie-ins no post sobre Poltergeist, quem quiser saber mais é só acessar.
Quem novelizou os Gremlins foi George Gipe, um escritor conhecido por novelizar alguns bons filmes, entre eles, dois dos filmes De Volta para o Futuro. Logo após ele que faleceu em 1986. Portanto, Gremlins é um dos seus últimos trabalhos. Mas antes de falar de seu trabalho e do resultado do livro, deve se dar o crédito da Chris Columbus, pois ele criou o primeiro roteiro com base em fatos verídicos ocorridos da Segunda Guerra Mundial, quando aviões paravam de funcionar e até caíam em pleno voo, por conta de peças que sumiam ou se estragavam. Como a razão era inexplicável os mecânicos passaram a atribuir aos "gremlins" o roubo das peças. A Força Aérea Britânica (RAF) da Inglaterra, desde a Índia, passando pelo Oriente Médio até chegar na ilha de Malta, possuía frequentes relatos de acidentes e quedas nada raras de aviões por problemas mecânicos. Chegou a ser tão alarmante que só foi possível explicar através de uma superstição nessas criaturinhas que assim foram chamadas de gremlins. O nome vem do inglês arcaico grëmian que se refere a "perturbar" "incomodar" ou causar algum tipo de transtorno.
Um desses eventos se tornou célebre e foi registrado no dicionário de curiosidades e Funk and Wagnalls Standard Dictionary of Folklore, Mythology and Legend. Na verbete "Gremlins" está o testemunho do piloto John Hazen que enquanto fazia um vôo, chegou a ouvir mais de uma vez, uma sombria voz rouca que o irritava e o agredia com palavras sem sentido, entretanto era óbvia a intenção de aborrecer e causar medo. Por fim ele ouviu um um estampido no fundo do avião e se viu obrigado a descer, temendo cair. Em terra, Hazen vasculhou todo o avião e encontro a prova daquilo que muitos achavam ser delírios de estresse: cabos elétricos haviam sido rompidos e as marcas era idênticas a de dentes de um animal.
mistérios
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Um dos posteres do filme e também capa do livro. |
Essas criaturas se tornaram tão populares, que entraram para o folclore britânico. Há até ditados e máximas que se referem a eles: "onde passa um rato, passam três gremlins" ou "eu não disse que era um gremlin, mas era um gremlin!".
A Disney chegou a encomendar ao grande Road Dahl um livrinho infantil sobre os Gremlins que mais tarde seria usado para um desenho animado, mas o projeto nunca vingou. Robert Bloch, escritor de Psicose também se exercitou escrevendo um dos seus melhores contos, que tratava sobre os Gremlins: Pesadelo a 20.000 pés, nunca traduzido para o português, mas frequente nas coletâneas do autor em espanhol. Mais tarde o conto virou um dos célebres episódios de Twilight Zone (No Limite da Realidade) e foi refilmado como um dos quatro episódios do filme No Limite da Realidade, também produzido por Spielberg; É a vibrante história de um vôo que enfrenta uma colossal tempestade. Um dos passageiros, que tem medo de voar, vê uma criatura verde e medonha arrancando o metal das asas do avião e de suas turbinas, disposta a fazer o avião cair. O passageiro desesperado, leva os demais passageiros e a tripulação às raias do pânico.
A Disney chegou a encomendar ao grande Road Dahl um livrinho infantil sobre os Gremlins que mais tarde seria usado para um desenho animado, mas o projeto nunca vingou. Robert Bloch, escritor de Psicose também se exercitou escrevendo um dos seus melhores contos, que tratava sobre os Gremlins: Pesadelo a 20.000 pés, nunca traduzido para o português, mas frequente nas coletâneas do autor em espanhol. Mais tarde o conto virou um dos célebres episódios de Twilight Zone (No Limite da Realidade) e foi refilmado como um dos quatro episódios do filme No Limite da Realidade, também produzido por Spielberg; É a vibrante história de um vôo que enfrenta uma colossal tempestade. Um dos passageiros, que tem medo de voar, vê uma criatura verde e medonha arrancando o metal das asas do avião e de suas turbinas, disposta a fazer o avião cair. O passageiro desesperado, leva os demais passageiros e a tripulação às raias do pânico.
E foi inspirado nesses eventos que Columbus escreveu o primeiro roteiro do filme. Assim que leu Spielberg adorou a história por ser uma das coisas mais originais que tinha visto nos últimos anos (final de 70), e se dispôs a produzir, entretanto o roteiro foi modificado várias vezes por conta do seu tom bastante macabro, mesmo que Columbus tivesse utilizado também do humor. Haviam cenas terríveis nas quais os Gremlins invadiam um restaurante e ao invés de comer a comida, atacavam e devoravam os clientes. Devoravam os animais domésticos da cidade de Kensington Falls e matavam os desavisados. Uma das cenas mais sombrias era a da morte de Lynn Peltzer, a mãe do herói da história. Sua cabeça era arrancada e jogada do alto da escada aos pés do próprio filho. Além disso, o próprio Gizmo também se transformava em um gremlin, mas Spielberg simpatizada demais com o personagem, e percebeu que ele era a mola das engrenagens de todo o filme, assim redesenhou sua natureza para que continuasse a ser bom.
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Gremlin por Moon Manunit. |
Mas o que o livro tem de bom??? Ele é mais irônico e mais trágico, do ponto de vista de Gizmo; e mais sombrio (só um pouco). Isso já me agrada bastante, porque criou um contraste maior em muitos aspectos da história: Gizmo fica mais inteligente e profundo, os Gremlins mais malvados e espertos e o Natal (época em que acontece a história) fica mais trágico e inesquecível para os habitantes de Kensington Falls. No livro há mortes declaradas, e os gremlins ferem sem dó os humanos que tentam enfrentá-los, mesmo assim há muita diversão e comicidade que é marca singular dessa história tragicômica. Gipe conduz a escrita de forma leve e esperta, acrescentando sempre detalhes diferentes ao que o filme não mostrou. O livro é compacto e vibrante ao estilo Young-Adult Fiction.
Uma das coisas mais fascinantes do livro, é que o personagem de Gizmo ganha dimensão. e isso faz o personagem brilhar e ser mais cativante. Muita coisa é mostrada através de sua perspectiva, e aquele mogwai fofo do filme dá lugar a uma criatura profunda como um ancião de eras. Apesar de ser belo e inteligente, Gizmo e solitário e triste. Ele vislumbra as ações humanas com descrença e desânimo. Vive uma constante sensação de deja vú, porque sua vida é a própria confirmação da Lei de Murphy, onde ele está o pior vai acontecer. Ele amaldiçoa seu criador e faz-nos pensar que se sente aprisionado ao nosso Mundo e à existência.
Descobrimos logo no início que Gizmo pertence a uma espécie desenvolvida artificialmente por um mestre da genética de galáxias bem distantes. Seu nome é Mogtumen, um geneticista prestigiado, que foi encarregado de desenvolver uma espécie animal inteligente e extremamente adaptável a qualquer condição planetária, Essas criaturas deveriam ser férteis e sofisticadas a ponto de travar conhecimento através das galáxias, com os seres superiores (supostamente os humanos ¬¬), daí surgem Gizmo e os outros mogwais. Entretanto alguns problemas ocorrem no planejamento da espécie. Mogtumen entretanto, fica feliz demais com sua criação para levar a sério seus "defeitinhos". Somente 1 entre 10.000 mogwais possuem estabilidade física e mental, os demais morrem logo ou "mudam" de aspecto.
Gizmo estava entre os primeiros a ser criado, e mesmo assim tinha problemas: é extremamente inteligente, mas pensa tão rápido que não consegue verbalizar de forma coordenada, assim de pouco adianta seu entendimento. Ele sofre de uma fome feroz, e é capaz de comer qualquer coisa, como uma avestruz. E como se não bastasse, é tão adaptável que não precisa de água, justamente para sobreviver em ambientes inóspitos. Na verdade água é um problema para os mogwais, porque potencializa sua fertilidade e provoca uma violenta mitose capaz de desequilibrar em dias a cadeia alimentar de um planeta inteiro. Se disseminada pela galáxia, sua espécie levaria a completa aniquilação biológica de muitos sistemas solares habitáveis! Fora isso, Gizmo é também Imortal!
Descobrimos logo no início que Gizmo pertence a uma espécie desenvolvida artificialmente por um mestre da genética de galáxias bem distantes. Seu nome é Mogtumen, um geneticista prestigiado, que foi encarregado de desenvolver uma espécie animal inteligente e extremamente adaptável a qualquer condição planetária, Essas criaturas deveriam ser férteis e sofisticadas a ponto de travar conhecimento através das galáxias, com os seres superiores (supostamente os humanos ¬¬), daí surgem Gizmo e os outros mogwais. Entretanto alguns problemas ocorrem no planejamento da espécie. Mogtumen entretanto, fica feliz demais com sua criação para levar a sério seus "defeitinhos". Somente 1 entre 10.000 mogwais possuem estabilidade física e mental, os demais morrem logo ou "mudam" de aspecto.
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estudo de um gremlin por Mike Corriero. |
Gizmo estava entre os primeiros a ser criado, e mesmo assim tinha problemas: é extremamente inteligente, mas pensa tão rápido que não consegue verbalizar de forma coordenada, assim de pouco adianta seu entendimento. Ele sofre de uma fome feroz, e é capaz de comer qualquer coisa, como uma avestruz. E como se não bastasse, é tão adaptável que não precisa de água, justamente para sobreviver em ambientes inóspitos. Na verdade água é um problema para os mogwais, porque potencializa sua fertilidade e provoca uma violenta mitose capaz de desequilibrar em dias a cadeia alimentar de um planeta inteiro. Se disseminada pela galáxia, sua espécie levaria a completa aniquilação biológica de muitos sistemas solares habitáveis! Fora isso, Gizmo é também Imortal!
Para proteger suas aberrações criações da extinção assistida, Mogtumen logo preparou a segunda fase do projeto: enviar três grupo de mogwais para diferentes regiões da nossa galáxia; a Terra é uma delas. É assim que a espécie fofa, mas assustadora dos mogwais chegou ao nosso planeta. Aqui chegaram Gizmo e mais dois mogwais desconhecidos. Sabemos depois disso que Gizmo teve uma vida conturbada e secular, como o Highlander. Segundo Gipe, Gizmo estava entre nós desde o começo da Idade Média, e teve dois donos anteriores antes do senhor Asa Wing, o chinês que o levou para os Estados Unidos. O livro nos diz que os acontecimentos com a Força Aerea Real dos ingleses tem algo a ver com Gizmo, e relaciona mais uma dúzia acontecimentos reais, e nunca explicados, sugerindo que foram frutos de intervenção dos gremlins.
Gizmo chegou a América depois de uma torturante viagem sobre o Pacífico, que levou ao afundamento do navio que o levava com Asa Wing, não fosse a esperteza do Chinês, Gizmo teria caído no oceano e levando a humanidade à extinção! Além de vermos suas memórias, também tomamos consciência de sua esperteza, as conversas obscuras e inteligíveis de Gizmo e os outros mogwais/gremlins têm seu conteúdo revelado no livro. Gipe é engenhoso ao dar conteúdo aos divertidos diálogos entre Gizmo e Stripe, o mais perigoso dos seus irmãos (ou devo dizer filhos?).
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E se Gizmo caísse no Oceano Pacífico? idéia para a estampa de uma camisa. |
A história de Gremlins transita o tempo todo entre o leve e o tenso, mesmo assim é um livro com frescor, pela simplicidade de suas metáforas. Não é necessário debruçar-se sobre reflexões pesadas e filosóficas para aproveitar a lição que ensina, absorvemos ela com o mesmo prazer que fazemos ao ler um conto de La Fountaine ou dos Grimm. É uma fábula de pseudo-ficção científica com uma moral quase confuciana. Sua alegoria já foi remodelada tantas vezes que parece impossível inventar algo tão original e sincero.
Outros escritores já utilizaram o mesmo tema para denunciar a ousadia e imprudência humanas, diante da Natureza e do Conhecimento. Exemplos notáveis são: Frankenstein, Eu, Robô e O Parque dos Dinossauros. A diferença é que Gremlins tem um quê de fantasia maravilhosa, Gipe preservou isso e conseguiu manter a emoção entre terror e o o cômico que se vê no filme. Há momentos memoráveis como o a discussão entre Gizmo e Stripe e os relatos da rádio da cidade ao descrever acontecimentos bizarros enquanto a população pede por socorro. Outro belo feito foi criar uma origem científica para os gremlins sem arruinar a magia que nos invade assim que o pai de Billy entrar na loja de quinquilharias do Sr. Wing e leva Gizmo. A sensação de mítico permanece como se Gizmo fosse um bichinho saído de uma fábula oriental, já que os Homens não têm a mínima idéia de sua origem.
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boneco de pelúcia de Gizmo. |
Outros escritores já utilizaram o mesmo tema para denunciar a ousadia e imprudência humanas, diante da Natureza e do Conhecimento. Exemplos notáveis são: Frankenstein, Eu, Robô e O Parque dos Dinossauros. A diferença é que Gremlins tem um quê de fantasia maravilhosa, Gipe preservou isso e conseguiu manter a emoção entre terror e o o cômico que se vê no filme. Há momentos memoráveis como o a discussão entre Gizmo e Stripe e os relatos da rádio da cidade ao descrever acontecimentos bizarros enquanto a população pede por socorro. Outro belo feito foi criar uma origem científica para os gremlins sem arruinar a magia que nos invade assim que o pai de Billy entrar na loja de quinquilharias do Sr. Wing e leva Gizmo. A sensação de mítico permanece como se Gizmo fosse um bichinho saído de uma fábula oriental, já que os Homens não têm a mínima idéia de sua origem.
Gizmo é fruto do mais alto progresso da ciência galática, mas ele não pode nos contar isso, é um segredo guardado em todo seu doce mistério. Para nós ele é um ser fabuloso como que saído de um conto infantil. As três regras restringem a sua vida parecem tiradas de um fabulário de magia: 1 - Ele não deve ficar sob a luz; 2 - Deve ficar longe da água; e 3 - Nunca deve ser alimentado depois da Meia-Noite. Seguir com cuidado essas três simples regrinhas podem evitar um holocausto de escala Mundial. Gizmo propriamente não é perigoso e apenas um gremlim pode causar problemas, mas uma legião de gremlins, nascidos de Gizmo são letais. Por isso, principalmente as duas últimas regras servem para evitar uma infestação e evolução. Ironicamente, a evolução parece mais uma involução, já que Gizmo, apesar de frágil, e muito superior aos demais mogwais/gremlins.
Ao refletirmos sobre a evolução das espécies do nosso planeta, notamos que os mamíferos predominam, sob certos aspectos, que fique claro. Nós somos mamíferos, e portanto somos o ápice da evolução de uma ecosistema global. Opostos a nós estão os répteis, que lato senso podem ser vistos como os dinossauros que desapareceram porque não evoluíram e seu ambiente entrou em colapso. Do nosso ponto de vista os dinossauros eram involuídos e malvados! Essa visão"cientifista" está no livro, porque Gizmo lembra um mamífero, como nós, enquanto que os gremlins apresentam características reptilíneas.
Ao refletirmos sobre a evolução das espécies do nosso planeta, notamos que os mamíferos predominam, sob certos aspectos, que fique claro. Nós somos mamíferos, e portanto somos o ápice da evolução de uma ecosistema global. Opostos a nós estão os répteis, que lato senso podem ser vistos como os dinossauros que desapareceram porque não evoluíram e seu ambiente entrou em colapso. Do nosso ponto de vista os dinossauros eram involuídos e malvados! Essa visão"cientifista" está no livro, porque Gizmo lembra um mamífero, como nós, enquanto que os gremlins apresentam características reptilíneas.
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Stripe sob a forma de um mogwai. |
Todavia Gizmo é fragil, ele não pode muita coisa contra os gremlins, porque ele perdem todo o senso de respeito e moralidade, além de ficarem fortes e resistentes. Eles representam os vícios em oposição a Gizmo que personifica a Virtude. Diante dos vícios, a virtude é frágil e indefesa. Daí a importância da Lei, que limita o espaço e diferencia a Virtude dos vícios. As três leis de Gizmo são o resumo das leis da vida: 1- Respeito aos mistérios da natureza; 2 - Comedimento nos prazeres; e 3 - Domínio próprio. Assim que a Virtude em nada se aproveita sem que haja a Lei para orientá-la. Sem limites uma virtude pode se torna Vício.
E a história é basicamente isso: Rand Peltzer, um inventor mal sucedido, desejava presentar o filho com algo diferente e inusitado. Foi até o místico bairro de Chinatown, em Nova York. Lá, em um antiquário chinês, encontra o raro mogwai. Rand tenta por tudo convencer o Sr. Wing a vender o mogwai, mas sai da loja sem sucesso. Precisando de dinheiro, o neto de Wing vai atrás de Rand e negocia o preço do animal. Mas antes de entreguar, lhe ensina as leis que devem ser estritamente seguidas. Rand as decora mas acha que são tolices superticiosas e sem sentido, batiza o mogwai como Gizmo e o leva de presente para Billy, seu filho. Como era de esperar, Billy e sua família negligenciam os cuidados com Gizmo e dois dias antes do Natal, a pequena e calma cidade de Kensington Falls entra em estado de calamidade e isolamento devido a infestação de gremlins. Por acidente Billy e seu amigo Peter deixam algumas gotas de água caírem sobre as costas de Gizmo e em instantes brotam de seu corpo 5 novos mogwais nada estáveis. Entre eles está Stripe, o líder. Billy decide levar um deles para se professor de ciências estudar, mas as coisas só pioram. Stripe, tenta arrancar de Gizmo os segredos que podem prolongar sua vida, mas Gizmo o engana. Mais tarde Stripe descobre que a água os faz multiplicar e que comer após a Meia-Noite os transforma em gremlins. O pior de tudo é que quando um gremlim entra em contato com a água, não nascem mogwais, mas outros gremlins. Assim Stripe se joga na piscina do colégio e o caos se instala.
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Gizmo estilizado com uma sombra gremlim por Rose Purpura del Cairo. |
Gosto de pensar que a perspectiva que Gipe dá a Gizmo, permite-nos enxergar grandes possibilidades: Gizmo é um símbolo da coincidentia oppositorum, um receptáculo de saber. E o saber é amoral, a forma como fazemos uso dele é que gera ou o Bem ou o Mal. Se ele pudesse falar coordenadamente, poderia nos ensinar muito sobre o próprio universo, a natureza e sobre a nossa própria história já que é testemunha viva dela, e de muitos eventos terríveis e inexplicáveis, que talvez, tenham sua origem nele. Ele é um proscrito, pois com certeza, aqueles que desejaram a criação de sua espécie, hoje desejam que ela esteja extinta! Quando um livro nos faz imaginar coisas desse tipo, como se pudéssemos ampliar a história com nossa própria criatividade, tem-se a prova de que é uma grande história.
É, portanto, um belo livrinho que mantenho com carinho na minha estante. Já emprestei e me devolveram com comentários de que era realmente mais sombrios e eletrizante que o filme. Uma ex-namorada, bastante corajosa, disse-me que nas noites seguintes, sentiu, entre o terror e o ridículo, uma certa inquietude ao recordar cenas do livro. Sua imaginação ficou tão estimulada que levou o pastor alemão da família para dormir dentro do quarto. Tinha medo de acordar e estar amarrada com fita adesiva na cama ou com algo babando na sua cara!
Pode ser conseguido em sebos pelo Brasil ou Portugal, é raro mais já cheguei a ver mais de uma vez. Está em português de Portugal, o que faz a leitura soar um tanto emproada, mas não prejudica o todo.
É, portanto, um belo livrinho que mantenho com carinho na minha estante. Já emprestei e me devolveram com comentários de que era realmente mais sombrios e eletrizante que o filme. Uma ex-namorada, bastante corajosa, disse-me que nas noites seguintes, sentiu, entre o terror e o ridículo, uma certa inquietude ao recordar cenas do livro. Sua imaginação ficou tão estimulada que levou o pastor alemão da família para dormir dentro do quarto. Tinha medo de acordar e estar amarrada com fita adesiva na cama ou com algo babando na sua cara!
Pode ser conseguido em sebos pelo Brasil ou Portugal, é raro mais já cheguei a ver mais de uma vez. Está em português de Portugal, o que faz a leitura soar um tanto emproada, mas não prejudica o todo.
Ah sim! quem quiser ouvir a suíte dos Gremlins pode fazer download nesse link:
http://www.myfreemp3.cc/mp3/gremlins+suite#
E antes que perguntem, já digo logo que também há uma novelização do segundo filme. Se Chama Gremlins: the New Bath, algo como Gremlins: o Novo Banho foi escrita por David Bischoff, um escritor conhecido dos muito aficcionados por sci-fi. Infelizmente só pode ser encontra em inglês, mas já ouvi falar que é muito bom. Especialmente por causa de Mr. Glasses (o famoso gremlim psicólogo). Por ser muito esperto, ele vai atrás do próprio Bischoff e o amarra no banheiro, à partir daí, ele continuar a escrever o livro como se fosse um manifesto gremlim! Bischoff literalmente escapa de sua prisão à machadas. Nonsense total!
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